• Sobrevivi, e agora? #1 - Será o fim ou apenas um recomeço?

    Nesta série escreveremos sobre vários aspectos deste tipo de aventura, o temível APOCALIPSE, explorando suas possibilidades em vários aspectos diferentes.
    Cada post da série falará sobre um assunto dentro do tema e seguiremos até que eles se esgotem ou cansemos do assunto.

  • Armas, digo, “quase” armas

    Toda arma causa dano, mas nem tudo que causa dano é uma arma, partindo deste principio esse post se dedica a armas improvisadas, objetos pegos ao acaso durante o combate e a armas quebradas, em decomposição ou baratas demais.

  • Interpretando Gênios

    Interpretar uma inteligência abaixo da sua é fácil e geralmente também muito engraçado, mas quando a IQ do personagem supera a sua eis que surge o verdadeiro desafio.
    Como pensaria um ser de inteligência superior a sua?

  • Um Dia Triste - Quando um Personagem Morre

    Não é de hoje que a morte de um personagem é tratada como algo ignorável nas mesas de RPG.
    Vejamos as consequências da morte de um personagem e as reações que ela pode causar nos companheiros do herói que se foi.

  • GURPS Medieval Fantasia Existe

    GURPS é famoso por seus muitos livros e regras, que possibilitam uma variedade imensa de campanhas, desde viagens interplanetárias a policiais magos contra vilões alienígenas.
    E por que não, o famoso Medieval Fantasia?

  • Desvantagens - A alma do seu personagem

    Não é de hoje que os jogadores utilizam as desvantagens para ganhar mais pontos na ficha ou até procuram desvantagens que parecem “vantajosas” pra seu personagem.
    Vou tentar explicar como escolher-las e como utilizá-las.

-A+Asexta-feira, 17 de janeiro de 2014

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Um Dia Triste - Quando um Personagem Morre





Não é de hoje que a morte de um personagem é tratada como algo ignorável nas mesas de RPG. Muitos se esquecem que aquele personagem no minuto em que surgiu na aventura já faz parte da história e, mesmo morto, ainda pode influenciar no destino dos aventureiros.

Vejamos as consequências da morte de um personagem e as reações que ela pode causar nos companheiros do herói que se foi.






Luto

O luto pode ser um sentimento poderoso para a trama. Um companheiro de luto faria “quase” qualquer coisa para ter seu companheiro de viagem de volta, esse “quase” limitado apenas por sua índole e seus recursos.
Oportunidades de ressurreição, magia negra, tecnologia proibida e até mesmo invocações perigosas poderiam ser particularmente tentadoras ao personagem.

O Mestre que explorar tal fraqueza terá em suas mãos inúmeras possibilidades para estender a aventura ou até criar diversas outras em paralelo. Afinal, nenhum caminho para ressurreição, se existir, é um caminho fácil. Seja ele trilhado por quem foi ou por quem ficou.

A busca por ingredientes, peças, pessoas ou até mesmo conhecimento são uma aventura a parte e podem até mesmo incluir provas morais e desafios divinos em alguns cenários.

Ódio ou Remorso

Aquele que poderia ter salvo o companheiro de seu fim trágico, pode acabar se corroendo de sentimentos ruins pelo resto da vida. Se isso trouxer a tona um ódio contra si mesmo por ter falhado ou um ódio contra toda humanidade, o personagem sobrevivente pode ter alterações bruscas em sua personalidade e em seus objetivos de vida.

Em sequência a uma tragédia o personagem pode se tornar amargurado e cruel, perdendo até mesmo seus princípios mais básicos por ódio ou por ter perdido a esperança em si mesmo, não se vendo merecedor de uma vida tranquila.
Ou até, se adotar uma causa mais nobre, poderá acabar se tornando um “vingador”, lutando para que o mundo não precise passar pelo que ele passou.

O Mestre terá em mãos um personagem instável mas possivelmente divertido para a mesa e para o jogador que interpreta-lo. Quando o luto se for e só restar um aventureiro violento e de humor contestável, até mesmo um passeio no parque poderá se tornam uma aventura com a menor das provocações.

Quando este personagem não deixa o luto de lado e foca sua violência no causador de sua desgraça isso nos leva a...

Vingança

Esse homem faria tudo pra por seu inimigo em igual ou pior desgraça, e é nesse momento que o “lado negro” lhe estende a mão.
Quem busca por vingança tão cegamente não pensa em consequências ou custos e isso o torna muito vulnerável a influências externas tendo ou não o inimigo em comum.

Criaturas teriam seus pactos mais facilmente aceitos e os termos do “contrato” sequer seriam lidos. Tecnologias ainda não testadas e armas nunca antes manuseadas poderiam agora fazer parte dos sonhos vingativos do personagem.

 O Mestre tem então a oportunidade de inflar o poder da aventura e até leva-la a níveis catastróficos para a população do cenário em que o jogo ocorre. Deuses malignos, ou não, podem se envolver e o inimigo pode ser maior que o esperado.
Vale lembrar que a vingança pode ser um ciclo e a morte do inimigo pode despertar a vingança no coração de um dos seus companheiros, tornando assim a destruição, de certa forma, interminável.

O Ultimo Pedido

O ultimo pedido de um companheiro a beira da morte pode ser algo muito difícil de negar. Porém, esse pedido pode ser mais complicado do que o esperado.

Cuidar de um familiar que vive longe, concluir um objetivo que o amigo não mais poderá completar, ou até mesmo levar noticias sobre sua morte a seus pais do outro lado do continente.

É comum o balbuciar de algumas palavras antes do fim trágico, iniciar uma longa jornada para um grupo de aventureiros. Coisas como um tesouro escondido, uma emboscada na floresta ou até mesmo um golpe de estado planejado pelo irmão mais novo do príncipe podem ser a ultima mensagem do companheiro que garantirá o sucesso da aventura.

Herança

O que o personagem deixa pra traz depende dele, mas nem sempre o item está por perto e as vezes é valioso demais para ser ignorado. Um item valioso que circula na família é um exemplo, e tanto a jornada para busca-lo quanto as consequências de possui-lo podem render grandes aventuras.


Itens muito valiosos no cenário ou artefatos amaldiçoados podem tornar a vida do grupo um tanto mais agitada.

Objetivos Compartilhados

Os objetivos em vida podem também influenciar toda uma nação, já vimos casos como esse na história, onde um mártir da inicio a uma revolução que já se encontrava prestes a explodir.

Aventureiros não precisam morrer atoa, nem devem. O Mestre pode e “deve” fazer com que o simbolismo da morte de um herói guie outros a uma jornada virtuosa buscando o objetivo pelo qual o herói lutava.


O Retorno

No caso da morte do grupo, além das influências supracitadas na população, os personagens podem se ver em uma situação inesperada mas, que lhes dá a chance de voltar a suas vidas.
Jornadas pelo submundo, batalhas contra bestas infernais e provas de merecimento sempre poderão surgir para que os heróis retornem, cabe ao Mestre ser criativo. Lembrando que com criatividade até mesmo um aventureiro sobrevivente pode participar da aventura com seus companheiros mortos.

Nunca permitam que a morte de um personagem passe em branco, sempre haverão consequências seja lá qual for a origem ou a causa da morte do personagem, isso é valido pra NPCs inimigos também, que quando mortos podem despertar algo em seus seguidores.


*   *   *   *   *


Espero que não tenhamos mais a morte dos personagens como só mais uma ficha a se descartar. Em um mundo de aventuras, a morte pode ser apenas o inicio.

"Morrer seria uma grande aventura"
                                                  Peter Pan

Como a morte dos personagens tem sido tratada na sua mesa? Compartilhe conosco nos comentários.

Até

3 comentários:

  1. Em minhas (poucas) mesas nenhum personagem nunca morreu, mas creio que se tivesse acontecido eu ia acabar deixando passar, sendo somente um fato comum, mas agora estou louco para jogar uma aventura e "matar" um personagem, para tentar bolar alguma coisa legal no jogo.
    Uma coisa que fiquei pensando enquanto lia o post era sobre a possibilidade de personagens mortos aparecerem como fantasmas, quem sabe até como guias,ou pedindo ajuda para resolver algum "assunto pendente."

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  2. Um personagem que morreu pelas mãos do "vilão" reaparecer dos mortos por seus antigos companheiros quando eles mais precisam de ajuda "externa", como num labirinto ou prisão que drenou as esperanças do grupo, por exemplo.

    Tem potencial pra ser um cena realmente emocionante.

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  3. Muito legal o blog, eu já disse isso antes: da outra vez ...
    As imagens que ficam alternando, quando se clica em um post, e vão mudando são muito show.
    O blog é show! vcs devem ser um grupo de jogadores e amigos que detonam nas mesas de rpg quando se reúnem para um jogo...
    A ideia da imagem do Wiiliam Wallacce vem convergindo com a que eu tenho para aplicar em uma aventura, isto é, um cenário com NT3 ( no máximo). E para isso, preciso comprar o gurps Low Tech! Quero ter a chance de aplicar as regras mais importantes em combates entre exércitos no cenário Hyborian age, do Gursp Conan Porque eu já tenho o Mass Combat, e: é muito bom , muito bom mesmo cara!, mas para jogar legal eu precisaria de miniaturas e mapas, então na minha lista de produtos a comprar: miniaturas (eu já vi algumas legais no e23, alguns mapas, e o cenário eu conheço bem, poderia narrar tranquilamente. Porém ando meio ocupado com trampo estudo ultimamente, talvez ...esperara e começo de ano passar...
    valeu Sly parabéns pelo post!

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