Blog para os amantes de RPG, principalmente GURPS. Regras, idéias, adaptações, resenhas e dicas para a sua seção nunca mais ser a mesma.
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Sobrevivi, e agora? #1 - Será o fim ou apenas um recomeço?
Nesta série escreveremos sobre vários aspectos deste tipo de aventura, o temível APOCALIPSE, explorando suas possibilidades em vários aspectos diferentes.
Cada post da série falará sobre um assunto dentro do tema e seguiremos até que eles se esgotem ou cansemos do assunto.
-A+Asexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Primeiro as armas, o resto é o resto
Algo que tenho notado com muita freqüência é que RPG (Jogo
de INTERPRETAÇÃO de Personagens) tem se tornado sinônimo de "Combates em
Seqüência".
Quando o mestre declara uma aventura (principalmente quando
mais atual, NT7+) e os jogadores começam a preparar suas fichas a primeira
coisa com que se importam são as armas e como vão usá-las.
O que os jogadores, e por vezes o Mestre, esquecem é que nem
todos os seres vivos do cenário são lutadores, gladiadores, combatentes e atiradores
prontos para um combate frente a frente um com o outro. Não se vê pessoas
armadas aos montes nas ruas (ou pelo menos não deveríamos ver), quantas
academias de tiro ou Laijutsu (arte marcial que utiliza a Katana como arma) você
pode encontrar no seu bairro, ou numa cidade? Muito poucas, se houver.
A construção de fichas começa e logo passam a surgir os
típicos fuzileiros, policiais, ladrões, ninjas e gângsters da era moderna, mas
me diga. Por que?
A Sociedade
Mesmo numa campanha de RPG a sociedade do cenário
dificilmente vive se de lutas e guerra e existem muitos outros personagens
importantes para o sucesso na aventura, como o Malandro que já citei em outro
post.
Qualquer sociedade civilizada (não estando em guerra ou numa
sociedade pós-apocalíptica revoltada) tem leis para o porte de armas, o que já
reduz a chance de um cidadão comum possuir uma, quem dirá uma de grosso
calibre. Neste fator os jogadores partem pra profissões ou posições sociais que
na cabeça deles “permite” a posse de armas como um policial, por exemplo.
A meu ver o único personagem combatente plausível pra nossa
sociedade seria um lutador de artes marciais.
Como Mestre esta postura de grande parte dos jogadores me
incomoda muito, uma campanha sem um combate sequer pode ser incrivelmente
divertida, mas ainda assim a maioria dos jogadores, e por que não Mestres,
insistem em por o combate como ponto principal da campanha, mesmo sem sequer
conhecer o cenário.
Procure enxergar a outra face do cenário, mesmo que a
campanha seja num mundo entre guerras ainda vivem pessoas que sobrevivem a isso
tudo sem lutar fisicamente (a história está lotada delas), contem por vocês
mesmos, qual método tem tido mais sucesso? Nenhuma grande guerra de nossa
história trouxe benefícios proporcionais aos envolvidos (não que eu me lembre,
me corrijam se estiver errado).
O foco de todo RPG é interpretar seu personagem, isso é
indiscutível. Então por que não se preocupar em criar um personagem elaborado,
com características fortes e uma personalidade diferente em vez de assassinos.
Escolha Desvantagens interessantes, uma história diferente e
interprete.
Ainda assim, se for necessário para a campanha você poderá
criar um personagens interpretativo que saiba se defender.
Um exemplo disso pode ser um policial aposentado cuja esposa
faleceu num acidente e a filha sequer olha na sua cara, pois ele dirigia o
carro e estava bêbado, que agora passa os dias bebendo pra esquecer dos
problemas e não se importa com nada nem ninguém carregando uma única bala em
sua arma, pra si mesmo caso a doença no coração não o mate no devido tempo.
Armas e GURPS
Há também o fator “reação”, um homem que carrega um rifle ou
uma espada nas costas certamente causará reações estranhas aos transeuntes do
cenário (ainda acho que o Blade era invisível pras pessoas comuns nos filmes,
como poderia andar com uma espada nas costas e ninguém estranhar?).
Um redutor na reação do personagem e talvez um bônus em
Intimidação podem ser bem adequados pra este tipo de personagem, se você joga
com “gladiadores” do mundo moderno e não abre mão disso, tudo bem, mas pelo
menos esconda a arma.
Espero quem as mesas de RPG sejam populadas por personagens
divertidos e aventuras com combates mais “eventuais” (doce ilusão, mas sonhar é
de graça).
Se eu disse algum errado ou você tem alguma sugestão a
acrescentar, comente.
Sugestões para os próximos posts também são bem-vindas,
assim como qualquer outro comentário.
Até